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Mostrando postagens de 2014

Teus Olhos - Cris Furtado.

Teus Olhos Quando recordo nós dois, evoco teus olhos na face dos meus.  Teus olhos são assim, como dois sóis.  Duas piras acesas  que me afagam e me queimam,  me escarram e me beijam,  sempre a última vez.  Louvo esta graça  de poder olha-los assim  tão de perto outra vez.  Em teus olhos jazem luas  que me enchem e transbordam,  como as marés,  me inspiram e me afogam.  Onde mergulharei?  São teus olhos sim...  Terra de ninguém,  meu orbe particular.  Teus olhos são assim,  como a mais bela paisagem  que os meus  um dia puderam contemplar.  Ah! se teus olhos  por um momento apenas  pudessem fitar os meus.  Iriam entender...  O quanto de amor tem aqui.  O quanto te amo nesse instante,  ainda, grande, por demais e bastante!  Cris Furtado.

Sopro de vida... Breve Ventania de Outono - Cris Furtado.

Sopro de vida... Breve Ventania de Outono Quando pequena eu era me encantava espiar da janela  com olhos brilhantes,  uma de tuas mais belas obras;  Vento e chuva em perfeita harmonia;  Teu sopro de vida.  Quando mulher tornei  já me atrevia a dançar pela chuva  a espera daquela deliciosa ventania.  Hoje o céu está nublado,  o vento sopra,  as folhas caem,  as janelas batem e como batem...  E eu pareço ser embalada  pelos mais loucos vendavais.  Teu sopro de vida,  breve Ventania de outono.  Hoje sei...  O vento que acaricia minha face  é o mesmo que derruba a folhagem das árvores.  Nesse ciclo constante de vida e morte,  tudo muda senhor...  Só o senhor permanece em mim...  Tudo passa...  Só o senhor permanecerá...  Enfim...  Cris Furtado.

Mulheres em mim - Cris Furtado.

Mulheres em mim Mulheres. Ah essas mulheres... Tem o dom de carregar consigo  sensibilidade a flor da pele.  Transpiram intuição e encanto  em cada poro, em cada canto.  Estas mulheres  exalam a suavidade do perfume das flores.  Inspiram gentilezas, fraquezas alheias,  palpáveis amores.  Estas que vestem-se  com o manto sutil da dissimulação.  Despem-se com decoro, ardor e vermelhidão.  Te devoram tão atrozmente,  com brandura aparente,  digerem tua solidão.  Mulheres. Ah essas mulheres...  Tem a virtude de carregar consigo  emoção de sonhos partidos.  Transitam entre instinto e fascínio,  em cada conto um abrigo.  Estas mulheres  caminham de pés descalços  em estradas que tu desconhece.  Em tuas mãos delicadas,  carícias que entorpecem.  Em teus abraços, laços,  teia, artimanha, presa breve.  Estas que fitam  com olhos de bruma e neblina.  Em tua boca escarlate,  palavras, sede e cobiça.  Feche os olhos relembre...